segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Rádio e História Da galena ao podcasting: o rádio no Brasil e no mundo Richard Romancini Professor Doutor – NCE/USP Patrícia Horta Professora Doutora – NCE/USP O rádio no Brasil e no mundo 1887 Assim como no caso de outras tecnologias que se aproveitaram do conhecimento científico, a descoberta da propagação das ondas eletromagnéticas feita pelo alemão Henrich Hertz, em 1887, colaborou com a criação do rádio. Nesse caso também, muitos técnicos e cientistas, de modo independente ou em colaboração, realizaram descobertas ou aprimoramentos (como o coesor, o circuito elétrico sintonizado, a válvula etc.). Entre estes inventores e pioneiros estão o italiano Marconi (ver a seguir) e o brasileiro Landell de Moura (idem). 1896 O nome mais associado à invenção do rádio é o do físico italiano Guglielmo Marconi, que obteve em 1896, na Inglaterra, a patente de um "transmissor de sinais sem fio". Ele criou ainda a Companhia Marconi, para explorar comercialmente seu invento, no início voltado à telegrafia, fabricando aparelhos, o que associaria seu nome definitivamente à criação do rádio. Saiba mais sobre Marconi e outros pioneiros no site A minha rádio (http://www.aminharadio.com/radio/menu_radio). E sobre a evolução tecnológica da radiodifusão no texto (http://reposcom.portcom.intercom.org.br/bitstream/1904/18794/1/2002_NP6SOUSA .pdf) do Prof. Moacir Barbosa de Sousa. 1900 O padre-cientista gaúcho Roberto Landell de Moura foi um homem à frente de seu tempo. Pioneiro das telecomunicações, produziu aparelhos de transmissão e recepção de sinais sonoros - dos quais obteve patentes no Brasil e nos EUA - avançados para a época. Realizou, em 1900, uma demonstração da transmissão e recepção de sinais de voz, em São Paulo. Ele não teve, porém, apoio do governo para o seu trabalho e acabou não tendo, na época, o reconhecimento devido. Módulo Intermediário - Mídia Rádio Íntegra do Tópico Rádio e História 2 O site do pesquisador Luiz Netto (http://paginas.terra.com.br/arte/landell_de_moura/) presta um tributo a Landell de Moura. 1906 Em 1906, o norte-americano, H. H. C. Dunwoody patenteou um detector de cristal, a galena (sulfeto de chumbo natural), que está na base deste tipo de receptor radiofônico. A galena era ligada a uma antena por um arame fino, e o som transmitido era captado pela antena, passava pelo cristal e era ouvido através de fones de ouvido. No Brasil, nas décadas de 1920 e 1930, esse rádio de fabricação artesanal foi bastante usado. O site Rádios Antigos no Brasil (http://www.bn.com.br/radiosantigos/ galena.htm)mostra vários aparelhos desse tipo e ensina como fazer um. 1920 Em 1920, uma estação montada pela Westinghouse, nos EUA, iniciou o broadcast (transmissão de um emissor para múltiplos receptores, como se dá hoje mais usualmente) no rádio, veiculando informes sobre a eleição para presidente. O número de emissoras, em vários países, e de ouvintes começa a crescer - é o início da "Era do Rádio". Alguns países adotaram o monopólio estatal (principalmente na Europa), enquanto o modelo comercial privado se consolida nos EUA e, depois, no Brasil. Já em 1925, os problemas criados pelo crescimento das estações levaram à criação da "União Internacional de Radiodifusão". 1932 O rádio foi utilizado na Revolução de 1932, como meio de comunicação entre as tropas. E também como instrumento de divulgação do movimento entre a população, nas emissoras normais. Por isso, Getúlio Vargas procurou controlar essas transmissões, na época. A historiadora Lia Calabre possui um texto (http://www.casaruibarbosa.gov.br/dados/DOC/artigos/aj/ FCRB_LiaCalabre_Participacao_radio_cotidiano_sociedade_brasileira.pdf) que discute a participação do rádio no cotidiano do país nesse e em outros momentos. 1936 A primeira emissora brasileira, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, criada em 1923 por Roquette Pinto, possuía preocupação educativa e cultural. Ela existe até hoje, tendo se transformado, em 1936, na Rádio MEC (http://www.radiomec.com.br/), conforme a vontade do fundador. Na trajetória de Roquette Pinto, a preocupação em fazer com que os meios de comunicação estivessem a serviço da educação foi constante. E estimulou muitas iniciativas nesse sentido. A Profa. Zeneida Alves de Assumpção apresenta uma sinopse do tema rádio/educação no Brasil, em texto (http://www.jornalismo.ufsc.br/redealcar/anais/gt2_sonora/o%20r%E1dio%20ontem %20e%20hoje.doc). 1938 Em 1938, a adaptação radiofônica de A Guerra dos Mundos, feita por Orson Welles, criou pânico nos EUA. Saiba mais lendo texto (http://www.igutenberg.org/guerra124.html)da Profa. Gisela S. Ortriwano. 3 1938 Getúlio Vargas compreendeu a importância da comunicação, e criou, em 1938, a Hora do Brasil (hoje, Voz do Brasil - saiba mais no site do CPDOC - http://www.cpdoc.fgv.br/nav_historia/htm/anos37-45/ev_ecp_horabrasil.htm), e no ano seguinte o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP - http://www.cpdoc.fgv.br/nav_historia/htm/anos37-45/ev_ecp_dip.htm). Esse órgão controlava o rádio no país e difundia o pensamento do regime. Após estatizar a Rádio Nacional, em 1940, Vargas deu condições para que ela adquirisse a liderança de audiência. Saiba mais sobre as relações de Vargas com o rádio em texto (http://reposcom.portcom.intercom.org.br/bitstream/1904/17654/1/R0027-1.pdf) da Profa. Sônia Virgínia Moreira. 1945 No mundo todo, como no caso brasileiro com Vargas, o rádio passou a ser utilizado como meio de mobilização popular e nacional. Assim, Hitler, em 1939, proibiu a audição de rádios estrangeiras na Alemanha. E no ano seguinte as emissoras desse país passaram a transmitir a mesma programação de teor ultra-nacionalista. De Gaulle, pela BBC em Londres, incitou a Resistência Francesa. Mas foi também pelo rádio, após as bombas de Nagasaki e Hiroshima, em 1945, que o imperador do Japão anunciou a rendição do país. 1961 Após a renúncia de Jânio Quadros, o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, iniciou um movimento pela legalidade constitucional, representada pela posse do vicepresidente eleito João Goulart. Em agosto de 1961, Brizola requisitou os transmissores da rádio Guaíba de Porto Alegre e fazia pronunciamentos a todo o país. Essa foi a famosa Rede da Legalidade. O Projeto Vozes do Rádio (http://www.pucrs.br/famecos/vozesrad/vozes.html) da FAMECOS/PUCRS ( conta mais detalhes desse episódio, com depoimentos em áudio de Brizola e outros participantes. 1967 Em 1967, durante o regime militar, foi criado o Ministério das Comunicações. Os presidentes desse período investiram bastante no setor com o objetivo de "integrar o país" através de um sistema nacional de comunicação. O Ministério das Comunicações (http://www.mc.gov.br/) é ainda hoje o principal responsável pelas políticas públicas no setor. O governo federal conta ainda com a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL - http://www.anatel.gov.br/). 1990 Em 1990, a Rádio Bandeirantes formou a primeira rede nacional via satélite. E essa década foi marcada ainda pelo início da propagação da internet e experiências, no exterior, do rádio no padrão digital. O cenário atual de convergência tecnológica dá um novo alento ao veículo, agora com novos formatos (webradio, podcasting), e alguns falam numa nova "era do rádio" (digital). 4 Foto do casamento dos pais da Sra. Irena Bedonska Viti, uma das depoentes do Museu da Pessoa. A seguir, você lerá, com mais detalhes, fatos marcantes do desenvolvimento do rádio no Brasil, porém, é importante notar que a história do rádio, assim como a História em sentido amplo, não é feita só de personagens excepcionais e marcos cronológicos precisos. Existe há décadas um interesse pela “história do cotidiano”, a história das pessoas comuns em seu dia-a-dia, que mostra a riqueza de experiências dos sujeitos na percepção da vida de determinada sociedade. Assim, cresce o interesse pela constituição de acervos de história oral (utilizando a técnica da entrevista em áudio) de pessoas e grupos, diversificando as fontes da História e dando a ela uma multiplicidade enriquecedora de vozes. Exemplos de projetos de História Oral são dados pelo Centro de Pesquisa e Documentação da História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC-FGV - http://www.cpdoc.fgv.br/comum/htm/) e pelo Museu da Pessoa (http://www.museudapessoa.com.br/). Por isso, pense nessa questão: se sua escola resolver constituir uma rádio, que contribuição essa iniciativa poderá dar ao resgate ou consolidação da memória escolar, da comunidade ou de seu município? Para saber mais: A era do rádio - http://www.eradoradio.com.br/ http://www.microfone.jor.br/historia.htm Museu Villa-Lobs - http://www.museuvillalobos.org.br/villalob/musica/cantilen.htm
Entrevista com Valdemar Setzer no jornal O Estado de Sao Paulo http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/estadao-281104.html[25/8/2008 08:27:19] PROFESSOR COMBATE USO PRECOCE DO COMPUTADOR Artigo de Felipe Werneck, publicado no jornal O Estado de São Paulo de 28/11/04 Copiado de Jornal da Ciência, órgão da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=23536 ‘Deixe as crianças serem infantis: não lhes permita o acesso a TV, joguinhos eletrônicos e computadores!’ O alerta está no site do professor da USP Valdemar Setzer, de 64 anos. Prof. Titular do Depto. de Ciência da Computação do Instituto de Matemática e Estatística da USP, ele defende que o computador seja utilizado somente a partir dos 17 anos. Mas admite que isso hoje é ‘meio utópico’. Contra o Uso de Computadores por Crianças e Jovens é o título de um dos artigos de Setzer, doutor em engenharia. ‘Cheguei há muito tempo à conclusão de que o pensamento abstrato forçado pelo computador prejudica os jovens até 16, 17 anos, forçando-os a usarem uma linguagem e um tipo de pensamento que é totalmente inadequado para crianças e jovens antes de terem uma maturidade intelectual adequada.’ A Escola de Educação Infantil Jardim Michaelis, no Catete, zona sul do Rio, é a única na cidade a adotar a pedagogia Waldorf, introduzida pelo austríaco Rudolf Steiner em 1919, na Alemanha, que critica o uso precoce da tecnologia e é difundida no Brasil por especialistas como Setzer. Ali, não há computadores nem TV. Os dias são preenchidos com atividades artísticas e artesanais. As crianças não usam uniformes, brincam com bonecos confeccionados por elas, sobem na árvore plantada por professores no quintal, ouvem em rodas histórias do folclore nacional, lancham só pratos naturais - feitos com a ajuda delas a partir de receitas dos pais - e fazem teatro de marionetes com cirandas e poesia. E não conhecem as músicas da Xuxa. A Michaelis existe há 11 anos e tem hoje 22 crianças - de 2 a 6 anos - matriculadas. Todos os cargos - de diretores a secretárias - são preenchidos por professores ou pais de alunos, numa espécie de autogestão oficialmente sem fins lucrativos. A mensalidade custa R$ 530,00. A escola não alfabetiza - normalmente, isso ocorre aos 5 anos, mas a pedagogia Waldorf recomenda somente na 1ª série do ensino fundamental. ‘A base é deixar que a criança brinque por si, com o mínimo possível de estímulo externo. É importante que não haja interferência no desenvolvimento, o que não significa falta de limites, pautados sempre na autoridade amorosa do professor. Assim, elas podem criar recursos próprios’, diz a orientadora pedagógica da escola, Rosa Fantini. Para a professora Nina Domingues, brinquedos manufaturados limitam a fantasia. Elas elogiam as idéias de Setzer. ‘Ele fala radicalmente da tendência de hoje de deixar a criança passiva. Nossa proposta é olhar a individualidade de cada uma e fazer com que desabroche. Por isso temos um grupo pequeno’, diz Rosa. ‘A gente tenta preservá-las, mas não somos contra o computador e, sim, contra o uso precoce. É um pouco como se você tivesse tirando a saúde da criança ao exigir muita concentração. Também não usamos elementos da mídia, não tem Mickey nem Superpoderosas. Tem de equilibrar, isso limita a capacidade criativa’, afirma Nina. ‘O que o computador preenche de maneira mecânica, a gente tenta preencher de maneira humana. É difícil colocar que há seriedade, não é uma coisa inventada como tendência, mas temos uma linha pedagógica, baseada em Steiner. No início alguns pais acham esquisito, mas depois percebem que os filhos adquirem um brincar mais tranqüilo, fantasia maior e se sentem acolhidos.’ Setzer é categórico: ‘Não existe pesquisa científica que mostre os benefícios do uso do computador como ferramenta Entrevista com Valdemar Setzer no jornal O Estado de Sao Paulo http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/estadao-281104.html[25/8/2008 08:27:19] didática ou de lazer na infância. Você pensa que usa o computador, mas freqüentemente é ele que usa você. Em qualquer uso o computador força um raciocínio matemático restrito, lógico-simbólico, e o jovem tem de ter uma maturidade muito grande para se controlar.’ Ele diz que imaginação e criatividade não se medem. Portanto, é difícil para alguns acreditar nas teorias. Para Setzer, a dificuldade de aprendizado seria uma das conseqüências. ‘Quase todo mundo acha uma maravilha o filho usar o computador, mas não sabe que a aceleração da intelectualidade é altamente prejudicial.’ Marketing É quase um pregador no deserto. Atualmente, a maioria das escolas não só adota desde cedo o computador como tenta atrair alunos com o marketing do uso das máquinas. No Centro Educacional da Lagoa (CEL), na zona sul do Rio, por exemplo, com mil alunos matriculados no ensino fundamental, crianças de 3 anos já usam computadores nas salas. ‘Preferimos que desde o jardim haja familiarização com as máquinas. Durante todo o ensino fundamental eles têm aulas formais de informática. É uma cadeira que é cobrada como aula formal a partir da C.A. (classe de alfabetização)’, afirma George Cardoso, diretor pedagógico do CEL. ‘O George (ele usa a terceira pessoa para se referir a si próprio) é capaz de concordar com essas idéias (de Setzer), mas temos de nos adaptar à sociedade em que vivemos. Se a escola ficar fora disso, está fora do tempo, vai prestar um desserviço à família. Mas é claro que a gente estimula o uso da biblioteca, que o computador não seja a coisa principal na vida delas.’ A coordenadora psicopedagógica de educação infantil da Escola Sá Pereira, no Humaitá, zona sul, Paula Lacombe, adota o bom senso: ‘Não temos nada teorizado, a prática foi nos mostrando aos poucos. Usamos computadores só a partir da alfabetização e não para que a criança aprenda programas, mas como ferramenta de apoio às pesquisas.’ Para ela, a máquina não dá possibilidade de interação, e a escola prioriza atividades voltadas para o coletivo. ‘Não há nada mais limitador do que aprender sozinho, sem espaço de socialização, sem troca.’ Paula diz que a escola ainda não definiu se deve manter laboratórios ou instalar computadores em algumas salas, apenas para facilitar pesquisas, nunca para aulas de informática. A discussão parece não ter fim. Setzer não deixou os quatro filhos terem acesso a computadores na infância. Hoje, um deles, de 32 anos, é diretor da Oracle, uma das principais fabricantes de software do mundo. Para ele, isso prova que o acesso não precisa ser precoce para que o adulto use a máquina - até profissionalmente. ‘Sempre digo que, uma vez, um amigo comprou o computador mais potente para o filho. Tirou da caixa e ele nem quis saber da máquina. Preferiu brincar com a caixa.’ Autor de Meios Eletrônicos e a Educação: uma Visão Alternativa (Ed. Escrituras), Setzer tem um site (www.ime.usp.br/vwsetzer) com seus artigos.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Vídeos para fins educacionais

Vídeos para fins educacionais Dificilmente terei de convencê-lo, meu caro Cursista, da importância do uso de vídeos educacionais em sua tarefa de educador. É a magia do cinema e da televisão que envolve um filme bem feito sobre um assunto qualquer, seja histórico (Cleópatra, Júlio César e Marco Antônio), seja científico sob suas diversas modalidades, seja literário. Neste sentido, o vídeo está ligado a um contexto de diversão, conforme a experiência cotidiana dos alunos e professores. O ponto positivo é que os alunos podem ser atraídos para ver um vídeo como sendo uma pausa para o descanso das tarefas da escola. O ponto negativo, a ser cuidadosamente evitado, é que o vídeo seja utilizado apenas para descanso e diversão, sem avançar qualquer objetivo educacional claro. Dependendo do vídeo, ele pode ser utilizado como conteúdo de ensino. Mas são necessárias algumas condições para este uso. Ele deve conter implicitamente os principais conceitos que você, meu caro Cursista, pretende elaborar com seus alunos. Depois de apresentá-lo, uma análise irá explicitar os diversos aspectos nele implícitos, de modo a cobrir o conteúdo de sua matéria. Por esta razão, cada vídeo deve ser cuidadosamente examinado para que você julgue sobre sua utilização mais adequada. Às vezes um vídeo exigirá uma abordagem multidisciplinar, o que será o caso então de você discutir sua utilização com outros colegas professores de sua escola, de modo a aumentar a eficiência do uso do tempo do corpo docente e dos alunos, assim como ensinar aos alunos a complexidade e análise da realidade. Onde obter vídeos educacionais? O Ministério da Educação do Brasil inaugurou em novembro de 2004 o Portal Domínio Público (http://www.dominiopublico.gov.br/). Este portal oferece de forma gratuita obras literárias, artísticas e científicas sob forma de textos, sons e imagens. O portal também possui vídeos educativos que podem ser utilizados como auxílio pedagógico pela comunidade escolar. Esses arquivos versam sobre diversos temas ligados à educação (português, matemática, ciências, etc.). É possível achar muitos vídeos educacionais na Internet, mas a principal vantagem dos vídeos disponibilizados pelo Portal do MEC é a segurança sobre a autoria deles. Os vídeos do Portal Domínio Público têm certificação, ou sendo já em domínio público ou têm sua divulgação devidamente autorizada, o que dá tranquilidade aos professores quanto ao seu uso. Basta acessar o Portal, verificar os títulos disponíveis e fazer o "download" deles para uso em sua escola. Um outro site que vale a pena ser visitado, por ter muito material educacional, é a Escola do Futuro da Universidade de São Paulo (http://www.futuro.usp.br/).

Computador em Sala de Aula

Você sempre já esteve utilizando tecnologias diversas em sala de aula: quadro negro e giz, retroprojetor, lápis e caderno, borrachas, canetas, tesouras, massas de moldar, livros didáticos, pesquisas na comunidade, resumos de textos, aulas expositivas e outras para atingir os objetivos educacionais propostos pelo currículo planejado de sua escola. Agora trata-se de aumentar o número dessas tecnologias incluindo o computador, de modo que seus alunos possam ampliar suas possibilidades de aprendizagem. Aqui cabe um aviso importante: a utilização do computador, como a de qualquer ferramenta, deve levar em conta o desenvolvimento psicossocial do estudante. Não se pode simplesmente utilizá-lo com crianças incapazes de, por exemplo, digitar no teclado, ou que ainda não desenvolveram plenamente suas capacidades linguísticas. A ferramenta não vai desenvolver magicamente habilidades que custam a ser desenvolvidas com o uso de outras ferramentas. Portanto, cautela! A utilização da nova ferramenta deve ser precedida de um estudo cuidadoso de sua aplicabilidade e benefícios em cada caso particular . ∗ Doutor em Engenharia, Professor da Faculdade de Engenharia da UFJF